1-O que foi o movimento Tenentista? explique.
Logo no início da década de 1920 se espalharam pelos quartéis os ideais do Movimento Tenentista. Carregando a bandeira da democracia, o grupo que era formado basicamente por militares de baixa patente colocava em questão as principais marcas da Politica do café com leite. Os militares defendiam a dinamização da estrutura do poder no país, almejando que o processo eleitoral se tornasse mais democrático e permitisse o acesso de mais grupos ao poder, questionavam o voto de cabresto e eram favoráveis ao direito da mulher ao voto.
2-O que reivindicavam os militares do movimento Tenentista?
Reivindicavam uma reforma constitucional capaz de trazer critérios mais justos ao cenário político nacional.
3-Em quais aspectos se mostravam favoráveis?
Eram favoráveis à liberdade dos meios de comunicação, exigiam que o poder Executivo tivesse suas atribuições restringidas, maior autonomia às autoridades judiciais e a moralização dos representantes que compunham as cadeiras do Poder Legislativo.
4-Quando e como foi o governo Artur Bernardes?
Artur da Silva Bernardes foi o presidente do nono período de governo republicano, de 15/11/1922 a 15/11/1926. Advogado, nasceu na cidade de Cipotânea, estado de Minas Gerais, em 1875. Após concluir o mandato de governador do estado de Minas Gerais entre 1918 e 1922, é eleito presidente da República a 15 de novembro de 1922, o governo de Artur Bernardes enfrentou a instabilidade política desde o primeiro dia. O presidente tomou posse legalmente em pleno estado de sítio, que seria mantido até o último dia de seu mandato. Entre as dificuldades políticas enfrentadas por Bernardes estavam o movimento de Borges de Medeiros no Rio Grande do Sul, a Revolta de 1924 de São Paulo, a Coluna Prestes e ainda o avanço do movimento operário.
5-Explique sobre a revolta dos 18 do Forte de Copacabana?
A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foi uma revolta tenentista ocorrida na cidade do Rio de Janeiro (capital do Brasil na época) em 5 de julho de 1922. Foi a primeira revolta tenentista da República Velha. Teve a participação de 17 militares e um civil.
6-Explique sobre a revolta de 1924, em São Paulo.
A Revolta de 1924, também chamada de Revolta Paulista de 1924, é uma segunda etapa do movimento tenentista que teve início em 1922 na capital brasileira. O conflito de 1924 foi liderado pelo general Isidoro Dias Lopes.
A Revolta de 1924 é chamada ainda de Revolta Esquecida, já que não possui a mesma repercussão da Revolução de 1932, mas foi o maior conflito bélico ocorrido na cidade de São Paulo. No dia 5 de julho daquele ano, cerca de mil homens se espalharam pela cidade em locais estratégicos com o intuito de destituir Artur Bernardes da Presidência da República. Os militares permaneceram na cidade por 23 dias tentando forçar o presidente do estado, Carlos de Campos, a fugir para o interior. Houve, inclusive, um ataque ao prédio da sede do governo estadual.
7-O que foi a coluna Prestes?
A Coluna Miguel Costa Prestes, mais conhecida como Coluna Prestes, foi um movimento liderado por militares, que faziam oposição à República Velha e às classes dominantes na época. Teve início em abril de 1925, no governo de Artur Bernardes (1922-1926).
No início da década de XX, o Brasil vivia sob o domínio das oligarquias rurais e setores médios urbanos, como os militares, por exemplo, começaram a questionar este poder e a pressionar por mais investimentos nas forças armadas.
8-Escreva explicando sobre a biografia de Luís Carlos Prestes.
Luís Carlos Prestes (Porto Alegre, 3/1/1898 - Rio de Janeiro, 7/3/1990) foi um militar, líder político e revolucionário brasileiro. Filho de Antonio Pereira Prestes, capitão do exército, e de Leocádia Felizardo Prestes, professora primária. Com o pai morto durante sua infância, Prestes recebeu influência marcante da educação da mãe na composição de sua personalidade. Levou vida pobre, sendo educado em casa pela mãe, depois entrando para o Colégio Militar em 1909. Concluídos os estudos neste, segue na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, atual Academia Militar das Agulhas Negras, contribuindo com o sustento da família com o seu soldo. Aluno brilhante, chegaria à patente de segundo-tenente.
Ao tomar conhecimento das "cartas falsas" atribuídas a Artur Bernardes, começa a envolver-se em questões políticas, dedicando-se ao combate ao futuro presidente que estava sendo programado pelos militares. Já como capitão, lidera o foco da primeira revolta tenentista na região das Missões, em Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul. Suas metas eram o combate à oligarquia, estabelecimento do voto secreto, e convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
Ao unir-se a um contingente paulista de militares revoltosos em Foz do Iguaçu, rompendo as linhas de defesa do governo, Prestes passa a liderar tal grupo que como outros de militares revoltosos, entre eles Miguel Costa, resolvem fazer oposição armada ao governo. O grupo formado no Paraná logo seria batizado de Coluna Miguel Costa-Prestes (popularmente Coluna Prestes), que ao longo de dois anos e cinco meses percorreu, com 1500 homens cerca de 25000 km no interior do país, passando por (na época) 13 estados brasileiros. Desgastados, os remanescentes da Coluna Prestes iriam buscar asilo na vizinha Bolívia. Deslocando-se à Argentina, é neste país, ao dedicar-se a leituras das mais diversas, é que surgirá no militar Prestes a convicção da eficácia das ideias marxista-leninistas.

Revolta dos 18 do Forte de Copacabana: tenentes vão de encontro às forças legalistas, na Avenida Atlântica, Rio de Janeiro, 06/07/1922.
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Os registros da histórica passagem da Coluna Prestes por Porto Nacional.

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