quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Revolta Da Vacina - Diulia e Carolina

Revolta Da Vacina
Nicolau Sevcenko
Alunos: Carolina e Diulia

 

Se trata da revolta da vacina, A falta de divulgação da natureza da vacina e seus efeitos benéficos, em conjunto com a truculência das autoridades e do clima de tensão social causado pelas outras reformas pelas quais passava a capital, foram as principais razões pelas quais uma insurreição dessas proporções não pôde ser evitada. Apesar da revolta, a campanha foi um absoluto sucesso em seus objetivos, e dentro de poucos anos a varíola estava completamente erradicada no Rio de Janeiro, momento no qual o programa foi sendo lentamente expandido até a erradicação completa da varíola no Brasil na década de 1970. Já por outro lado, o ponto negativo seria a reforma urbana.


1- Acompanhava esses jovens oficiais, base do movimento que culminou na proclamação
da República, toda uma enorme gama de setores sociais urbanos, representada por
trabalhadores do serviço público, funcionários do Estado, profissionais autônomos,
pequenos empresários, bacharéis desempregados e pela vasta multidão de locatários de
imóveis, arruinados e desesperados, que viam o discurso estatizante, nacionalista, trabalhista
e xenófobo dos cadetes como sua tábua de salvação.

2- O argumento do governo era de que a vacinação era de inegável e imprescindível
interesse para a saúde pública. E não havia como duvidar dessa afirmação, visto existirem
inúmeros focos endêmicos da varíola no Brasil, o maior deles justamente na cidade do Rio
de Janeiro.

3- Em 5 de novembro de 1904, foi criada a Liga contra a Vacina Obrigatória, como reação à
medida aprovada em 31 de outubro.

4- Sua importância para os amotinados provinha de a Liga significar, naquele momento de
irresolução, um núcleo aglutinador de energias e decisões práticas.

5- Estava
literalmente tomada, pela multidão exaltada, a praça Tiradentes. Em vão, tentavam as
autoridades e as patrulhas convencê-la de que deveria dispersar.Crescia o
movimento de minuto a minuto, temendo-se acontecimentos graves.
Vinha nessa
ocasião da rua do Lavradio, num carro aberto ladeado pelo comandante da Brigada
Policial, o chefe de polícia. Escoltavam o veículo um piquete de cavalaria, e contornava
a praça quando, ao passar em frente à Maison Moderne, rompeu intensa assuada. O
carro começou a ser apedrejado. Cardoso de Castro, desassombradamente, de pé no
veículo, ordenou, num gesto resoluto e enérgico, que o piquete carregasse.

6- Financiado
pelos monarquistas, era o principal órgão de agitação do grupo conspirador.

7- Tão
desastrosa o motim da praia Vermelha, já se reiniciavam, com dobrada violência, os
choques sangrentos entre a turba agitada e os contingentes da força policial e do
Exército que por toda a parte se moviam em operações arriscadas.
O mesmo espetáculo desolador do sangue correndo, tombando seguidamente
mortos e feridos.
Naquele dia uma nova arma entrava em ação, para aumentar
ainda mais o terror dominante: começavam a explodir bombas de dinamite em vários
pontos da cidade.
No centro urbano as casas comerciais indefesas eram
assaltadas. Na praça da República ocorria um encontro de formidáveis proporções
entre povo e tropa.
Na quarta-feira, dia 16, reproduziam-se os tumultos, renovando-se os tiroteios, as
cargas, as correrias, num ambiente de intranquilidade geral.
Dentro das casas comerciais grupos comiam e bebiam
fartamente. O leito das ruas estava coberto de montões de garrafas, colchões, esteiras,
latas e restos de objetos incendiados. Nos morros, canos cheios de dinamite formavam
estranhas baterias.
Era o chefe da sedição no bairro. Preso, foi conduzido,
juntamente com outros companheiros de aventura, numa dupla fila de 150 soldados
de baionetas caladas, abrindo a coluna dez de cavalaria, e fechando-a outros dez.
O bairro
fora atacado por mar e por terra, tendo tomado posição para bombardeá-lo o
encouraçado Deodoro. Cooperando com a força naval, marchou sobre a praça da
Harmonia o 7º. batalhão de infantaria.