quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

AS TORTURAS DA DITADURA MILITAR-VITÓRIA

ditadura militar e as suas torturas





A situação social no Brasil era de um conflito social prestes a eclodir com violência. Desde o último governo de Vargas (1951-1954) que setores conservadores do exército e da sociedade (principalmente a União Democrática Nacional, UDN) pretendiam realizar um golpe de Estado no país, principalmente nos governo de Vargas e de Juscelino Kubitschek (1955-1960). No governo de Jango, o golpe foi possível.A presidência foi declarada vaga, sendo ocupada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzili. Formou-se ainda o Conselho Supremo da Revolução, o órgão administrativo inicial da ditadura, composto pelo brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo (Aeronáutica), o vice-almirante Augusto Rademaker (Marinha) e o general Artur da Costa e Silva, a principal figura golpista. Nove dias depois foi publicado o AI-1.

Uma greve geral foi prevista pelo Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) para o dia 30 de março, mas havia fracassado. Os movimentos mobilizados e de apoio ao presidente foram reprimidos violentamente pelos militares desde o início. Tinha início assim um dos mais repressivos momentos da história política do país

Foi durante a ditadura militar que as maiores atrocidades foram cometidas contra os que se opunham ao regime. Neste período os estudantes, os intelectuais, os engajados políticos, foram as principais vítimas do sistema que contestavam. Em plena Guerra Fria, a elite brasileira posicionou-se do lado dos Estados Unidos e da direita ideológica. Ser comunista passou a ser terrorista. Combatê-los era, segundo a visão do regime, defender a pátria de homens que comiam criancinhas, pregavam o ateísmo e destruíam as igrejas e os conceitos familiares. No engodo de proteger o Brasil da ameaça comunista, instalou-se uma ditadura, que para manter os princípios da caserna ortodoxa, calou, torturou e matou sem o menor constrangimento, centenas de brasileiros.A tortura durante o período do regime militar não livrou o Brasil dos militantes de esquerda, tão pouco destituiu da mente das pessoas o direito à liberdade de expressão que todos sonhavam. Se na sua propaganda o regime salvou o Brasil de terroristas comunistas, nos seus porões ela garantiu a sobrevivência de 20 anos de um Estado ilegítimo, feito sob a força bruta e o silêncio dos seus cidadãos.


algumas das torturas que realizaram na ditadura militar:


Pau-de-Arara

consistia numa barra de ferro que era atravessada entre os punhos amarrados e a dobra do joelho, sendo o conjunto colocado entre duas mesas, ficando o corpo do torturado pendurado a cerca de 20 ou 30 centímetros do solo. Este método quase nunca era utilizado isoladamente, seus complementos normais eram eletrochoques, a palmatória e o afogamento.

Choque Elétrico

foi um dos métodos de tortura mais cruéis e largamente utilizados durante o regime militar. Geralmente, o choque dado através telefone de campanha do exército que possuía dois fios longos que eram ligados ao cor­po nu, normalmente nas partes sexuais, além dos ouvidos, dentes, língua e dedos. O acusado recebia descargas sucessivas, a ponto de cair no chão.
 Pimentinha

era uma máquina que era constituída de uma caixa de madeira que, no seu interior, tinha um ímã permanente, no campo do qual girava um rotor combinado, de cujos termi­nais uma escova recolhia corrente elétrica que era conduzida através de fios. Essa máquina dava choques em torno de 100 volts no acusado.
 Afogamento

os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira, toalha molhada ou tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou tambor cheio de água (ou até fezes), forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento.
Cadeira do Dragão

era uma espécie de cadeira elétrica, onde os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques.
Geladeira

os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de ficar de pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração superfrio e um sistema de aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. Os presos ficavam na “geladeira” por vários dias, sem água ou comida.
Palmatória

era como uma raquete de madeira, bem pesada. Geralmente, esta instrumento era utilizado em conjunto com outras formas de tortura, com o objetivo de aumentar o sofrimento do acusado. Com a palmatória, as vítimas eram agredidas em várias partes do corpo, principalmente em seus órgãos genitais.
Produtos Químicos

Haviam vários Produtos Químicos que eram comprovadamente utilizados como método de tortura. Para fazer o acusado confessar, era aplicado soro de pentatotal, substância que fazia a pessoa falar, em estado de sonolência. Em alguns casos, ácido era jogado no rosto da vítima, o que podia causar inchaço ou mesmo deformação permanente.
Agressões Físicas

Vários tipos de Agressões Físicas eram combinados às outras formas de tortura. Um dos mais cruéis era o popular “telefone”. Com as duas mãos em forma de concha, o torturador dava tapas ao mesmo tempo contra os dois ouvidos do preso. A técnica era tão brutal que podia romper os tímpanos do acusado e provocar surdez permanente.
Tortura Psicológica


De certa forma, falar de Tortura Psicológica é redundância, considerando que toda o tipo de tortura deixa marcas emocionais que podem durar a vida inteira. Porém, haviam formas de tortura que tinha o objetivo específico de provocar o medo, como ameaças e perseguições que geravam duplo efeito: fazer a vítima calar ou delatar conhecidos.


O movimento que chegou ao auge em 1984, quando seria votada a Emenda Dante de Oliveira, que pretendia restabelecer as eleições diretas para presidente.No dia 25 de abril, a emenda apesar de obter a maioria dos votos, não conseguiu os 2/3 necessários para sua aprovação.Logo depois da derrota de 25 de abril, grande parte das forças de oposição resolveu participar das eleições indiretas para presidente. O PMDB lançou Tancredo Neves, para presidente e José Sarney, para vice-presidente.Reunido o Colégio Eleitoral, a maioria dos votos foi para Tancredo Neves, que derrotou Paulo Maluf, candidato do PDS. Desse modo encerrava-se os dias da ditadura militar.

Brendha e Weslley-Emílio Garrastazu Médici



Emilio Garrastazu Médici foi presidente da República do Brasil, durante o período da Ditadura Militar. Seu mandato foi entre os anos de 1969 e 1974. O governo do general Médici é considerado pelos historiadores o mais repressivo e violento do regime militar brasileiro (1964 a 1985).Ele nasceu em 1905 no Rio Grande do sul,  apoiou  o movimento político de 1930 e combateu o movimento constitucionalista paulista de 1932. Na década de 1960, apoiou o golpe militar e tornou-se adido militar em washigton, chefiou o serviço Nacional de informações e comandou o 3º exército do Rio Grande do Sul.


 No governo do general Médici, o combate ao regime militar se acentuou, e a repressão aos movimentos que promoveram essa resistência também aumentou. A censura aos meios de comunicação  e as torturas de prisioneiros políticos tornaram-se comuns. A opção pela luta armada cresceu nesse período, e dois focos guerrilheiros no meio rural foram dissolvidos, um em Ribeira no Estado de São Paulo, e outro no Araguaia no Pará. As guerrilhas urbanas também foram formas de resistência que se ampliaram, destacaram-se dois importantes militantes políticos que pensaram essa tática de combate ao regime militar: Carlos Marighella da Ação Libertadora nacional (ALN) e Carlos Lamarca da IPopular revolucionária (VPR), ambos foram assassinados pelo regime no período do governo Médici, respectivamente nos anos 1969 e 1971. O aparato de repressão do regime militar foi aprimorado no governo Médici para atacar os movimentos de esquerda que cresciam no período. Desse modo, as operações repressivas, situadas em São Paulo, designadas de Operação Bandeirantes (Oban) foram expandidas e tornaram-se o Comando de Operações de Defesa Interna (CODI) que coordenava os Departamentos de Operações e Informações (DOIs). Além desses órgãos, o regime militar também contava com os órgãos de informação do exército, marinha e aeronáutica (respectivamente: Ciex, Cenimar e Cisa).


A economia do país cresceu no governo de Garrastazu Médici, mas às custas de uma inflação considerada bastante alta e que aumentou muito o valor do custo de vida no país. Nesse governo foi construída a Usina Hidrelétrica de Itaipu. Também foi nesse período que surgiram dois nomes que se destacaram na oposição ao regime militar: Carlos Marighella e Carlos Lamarca. Marighella fazia parte da Ação Libertadora Nacional e Lamarca era do movimento Vanguarda Popular Revolucionária.




Mariana e Juliana, Governo Médici



Emilio Garrastazu Médici

  Emilio Garrastazu Médici nascido em Bagé, 4 de dezembro de 1905, foi um militar e político brasileiro. Sendo o 28º Presidente do Brasil e o terceiro do período da Ditadura Militar. Foi presidente da República do Brasil durante o período da Ditadura Militar, seu mandato começou no ano de 1969. O governo do general Médici é considerado o mais repressivo e violento do regime militar brasileiro (1964 a 1985), mesmo que ele tivesse prometido democracia. 



  No governo do general Médici, o combate ao regime militar aumentou, e a opressão aos movimentos que promoveram essa resistência também aumentou. A aparente paz interna era garantida com censuras, torturas e até o desaparecimento de presos políticos. A luta armada cresceu nesse período, e dois focos guerrilheiros no meio rural foram dissolvidos, um em Ribeira no Estado de São Paulo, e outro no Araguaia no Pará. Desde 1967, o Brasil investia em empresas estatais de base (como dos setores petroquímico, energia, siderurgia) para retomar o crescimento econômico do país, o que teve efeito posteriormente com o crescimento econômico do país que ficou designado de "Milagre Econômico" no governo Médici. Ao passo que a classe média teve sua renda ampliada, as parcelas proletarizadas tonaram-se mais pobres. Assim, esse pretexto “Milagre econômico” gerou mais disparidades econômicas e sociais.

  Em pouco tempo, a dívida externa e a onda inflacionária acabou com os sucessos do regime. A fase de prosperidade da economia brasileira tinha muito mais causas externas (internacionais) do que internas. Por isso, quando a situação da economia mundial se tornou adversa, o "milagre" brasileiro chegou ao fim. Segundo o relatório confidencial produzido pelo Centro de Segurança e Informação da Aeronáutica, em 9 de março de 1972 indica que o presidente Emílio Garrastazu Médici sofreria um atentado a bomba em encontro que teria no Rio com os presidentes da Argentina e do Uruguai. Outro documento do CISA mostra que o ministro da Justiça do governo Costa e Silva, Gama e Silva, também seria alvo de atentado.

castelo branco Carlos Eduardo e Lucas Jardim

                                               PRESIDENTE CASTELO BRANCO



como começou a historia de castelo branco?

Tornou-se general do exército em julho de 1962. Durante o governo presidencial de Joao Goulart (1961-1964), o general Castelo Branco articulou um golpe militar no país conjuntamente ao genaral Artur da Costa e Silva, o vice-almirante Augusto Rademaker, e o tenente-brigadeiro Francisco de Assis Correia Melo. Respectivamente, esses três últimos mencionados eram ministros militares do exército, da marinha, e da aeronáutica.

como desinvolveu a historia de castelo branco?

A proposição das reformas da base e a mobilização para executá-las no governo de João Goulart desencadearam a reação de setores conservadores da sociedade, como os supracitados militares, os proprietários de terras e a interferência de setores políticos estadunidenses na política brasileira. Dentre essas reformas constavam a reforma agrária, a bancária, financeira, a universitária, a ampliação do direito ao voto, e outras medidas que pretendiam atenuar as desigualdade social no país. Assim, em 1° de abril de 1964, formou-se uma junta militar composta pelos ministros militares para depor João Goulart e evitar a implementação das reformas de base, promovendo o golpe militar de 1964.

Em 9 de abril de 1964, foi promulgado o ato institucional n°1 do governo militar que possibilitava ao poder executivo cassar mandatos eleitos, suspender direitos políticos, e declarar o estado de sítio. A indicação de Costa e Silva para a presidência promoveu ainda mais o fechamento do regime militar.

como terminou o governo de castelo branco 

Costa e Silva alinhava-se à ala da “linha dura” das forças armadas, assim tornando o regime ainda mais fechado e perseguindo cruelmente a oposição. O governo de castelo branco terminou em março de 1967, quando assumiu o presidente Artur da Costa e Silva eleito indiretamente por uma junta de militares, designada “Comando Supremo da Revolução”.

Luana e Manoela - Ernesto Geisel

                                                           ERNESTO GEISEL 




Ernesto Geisel foi um dos presidentes do país durante a ditadura militar. ... Tomou posse como presidente em março de 1974. Foi durante seu governo que a ditadura começou a enfraquecer por um processo de transição à democracia, definido por ele mesmo como uma “abertura lenta, gradual e segura”.  Teve papel de destaque no movimento de deposição de João Goulart, e assumiu a chefia do gabinete militar do presidente Castelo Branco. Em 1966, foi promovido a general. Em março de 1967, tornou-se ministro do Superior Tribunal Militar e, entre 1969 e 1973, foi presidente da Petrobrás.
O general Geisel foi o 4º presidente do regime Militar no Brasil. Foi também representante da chamada “Linha Dura” do exército brasileiro.Durante sua atuação, tem início o processo de redemocratização do país. No âmbito econômico, seu governo esteve marcado por uma redução do crescimento. O chamado milagre econômico e o Ato Institucional nº 5 - AI-5 foram extintos.Para manter a economia aquecida, Geisel criou o “II Plano Nacional de Desenvolvimento” e ainda, colaborou com a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu.Durante seu governo, a Guanabara foi anexada ao Rio de Janeiro e o Estado de Mato Grosso foi dividido também em Mato Grosso do Sul.Economicamente, o país estava com alta taxa de inflação e dívida externa. Para contornar a crise internacional do petróleo de 1973, investiu-se no setor energético e indústria de base por meio do II Plano Nacional de Desenvolvimento, além de lançar projetos de prospecção de petróleo pela Petrobrás. Na área dos transportes, participou da inauguração das primeiras linhas do metrô nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.Estreitou laços diplomáticos com a China, e com a Alemanha realizou um acordo nuclear.Em 25 de outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado na sede do DOI (Destacamento de Operações e Informações) do Codi (Centro de Operações de Defesa Interna).Em 1985, seis anos após deixar o cargo de Presidente do país, Geisel apoiou as eleições de Tancredo Neves, o primeiro presidente eleito após o golpe militar.
O governo Geisel também foi marcado pelas greves dos operários do ABC paulista e pelo destaque do sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, no ano de 1979.
Ao final do governo, em 1978, Geisel anulou o AI-5, preparando a abertura do regime militar. Em 15 de março de 1979, o general Geisel deixou a presidência e foi sucedido pelo general João Figueiredo.







                     Presidente Arthur Costa e Silva





Já estando envolvido na política, fez parte do grupo do exército na embaixada do Brasil, na Argentina. Foi promovido a general de divisão em 1961 e liderou o comando do 4º Exército, em Recife. Ao lado de Castelo Branco, Costa e Silva, um dos principais articuladores do golpe de 1964, que depôs o presidente João Goulart, e fez parte da junta batizada de Comando Supremo da Revolução, formada pelo brigadeiro Correia de Melo e do almirante Augusto Rademaker

Tomou posse no dia 15 de março de 1967. O período de seu governo foi marcado por forte agitação política, com importantes movimentos populares e políticos de oposição, como a Frente Ampla, liderada por Carlos Lacerda e apoiada por Juscelino Kubitschek e João Goulart. Esse movimento tinha como proposta a redemocratização, anistia, eleições diretas para presidente e uma nova constituinte.


Os protestos populares foram intensificados em 1968, com manifestações estudantis denunciando falta de verbas e oposições contra a privatização do ensino público. Como resposta às críticas, Costa e Silva instituiu o polêmico AI-5, que conferia ao presidente da República poder para fechar o Parlamento, cassar políticos e professores, indicar governadores e prefeitos.

A economia apresentou crescimento durante o período,tanto na área industrial quanto na facilidade de crédito, política salarial e estabilidade na inflação.


Em agosto de 1969, Costa e Silva sofreu uma trombose cerebral e foi afastado do cargo, sendo substituído por uma junta militar. Faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de dezembro de 1969.

Leonardo Nascimento - João Batista Figueiredo


João Batista Figueiredo




      O governo do general João Figueiredo na presidência da República foi o último do regime militar. O general João Figueiredo deu continuidade ao projeto iniciado no governo anterior de abertura do regime, como designado pelos militares de maneira “lenta, gradual e segura”. Desse modo, em agosto de 1979, assinou a Lei de Anistia Política que anulou as punições aos brasileiros feitas desde 1964. Com essa lei foram revogadas as penalidades propostas nas legislações do regime militar como o exílio, a perda de direitos políticos, as aposentadorias compulsórias, dentre outras punições. As absolvições foram concedidas tanto aos militares que atuavam em favor do regime, quanto aos demais cidadãos que se opuseram ao regime. Dessa forma, os crimes cometidos pelos agentes do regime também não poderiam ser julgados.
      Economicamente, o governo do general Figueiredo foi marcado por inflação e estagnação econômica, evidenciando o colapso da política econômica do regime militar. Isso se somou à crise internacional do petróleo de 1979; para contornar essa crise a importação de petróleo foi reduzida e aumentaram-se as prospecções de busca por esse insumo. A crise econômica persistiu, e a dívida externa chegou ao índice alarmante de 61 bilhões de dólares. Em consequência da crise econômica ocorreram as demissões em massa nas fábricas do ABC paulista, acarretando nas greves de diversas categorias, destacadamente dos metalúrgicos, entre os anos de 1978 e 1979. Os líderes sindicais que atuaram nessas greves foram indiciados pela Lei de Segurança Nacional. A abertura política não contentava todas as parcelas das forças armadas e da extrema direita, e havia grupos que promoviam ataques terroristas para coibir a ação de grupos de esquerda. Bancas de jornal que vendiam impressos de esquerda eram atingidas por bombas lançadas por esses grupos. Em agosto de 1980, foram enviadas cartas-bombas para o dirigente da Ordem dos Advogados do Brasil e para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, sucedendo a morte e mutilação de funcionários dessas instituições. Dentre esses atentados o que mais se destacou foi o caso da explosão de uma bomba dentro do carro de militares, no Rio de Janeiro, onde se realizava a comemoração do dia do trabalhador, em 1981. Os militares foram inocentados, e o governo do general Figueiredo foi afetado por uma crise por causa desse atentado.
      O desgaste da ditadura militar levou à criação de uma frente da oposição ao regime pela realização de eleições diretas, esse movimento ficou conhecido como “Diretas já”. Assim, uma Emenda Constitucional acerca das eleições diretas foi elaborada pelo deputado Dante de Oliveira, no entanto, não foi aprovada pelo Congresso. Em janeiro de 1985 realizaram-se eleições indiretas para presidente da República, os candidatos governistas Paulo Maluf e Flávio Marcílio foram derrotados pela oposição. Sucedeu o governo do general Figueiredo, o civil José Sarney. Tancredo Neves que havia sido eleito para o cargo de presidente da República não chegou a assumir o posto por não ter sobrevivido a diversas cirurgias. Assim, o vice-presidente José Sarney tornou-se presidente, e o regime militar foi encerrado.